Convivência familiar de crianças com transtorno do espectro autista: percepções e trajetórias

  • Chaiane Belim Faculdade Ielusc
  • Solange Abrocesi Faculdade Ielusc

Resumo

O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido cada vez mais frequente no Brasil. Quando precoce, possibilita a estimulação e o início cada vez mais cedo das terapias que contribuem para o  desenvolvimento da criança. Os sinais e as peculiaridades do autismo normalmente são percebidos pela família e por pessoas que convivem com a criança. Com base no pressuposto de que o TEA em uma criança interfere na convivência familiar, é fundamental que os profissionais da saúde busquem detectar e compreender as fragilidades deste grupo familiar e os incluam no plano de cuidado. O Objetivo deste estudo foi identificar as percepções e trajetórias da família frente à busca do diagnóstico, bem como reconhecer o impacto deste nas relações familiares. A pesquisa é descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, realizada com mães de crianças com TEA residentes na cidade de Joinville (SC). As entrevistas foram realizadas
em locais escolhidos pelas participantes, gravadas e transcritas. Utilizou-se a Análise Temática proposta por Minayo. Os dados foram organizados em três categorias: Trajetória da Vida, Convivência Familiar e Viver Após o Diagnóstico. O período do nascimento até o diagnóstico é demorado e estressante para a família. As mães expressaram emoções e sentimentos tristes ao recordarem à trajetória de vida do filho, demandando da autora a utilização da técnica de escuta qualificada. Durante as consultas de enfermagem e puericultura, a enfermeira pode contribuir significativamente para o diagnóstico do TEA e para a promoção da saúde das crianças e seus familiares.

Publicado
2020-12-20
Como Citar
BELIM, Chaiane; ABROCESI, Solange. Convivência familiar de crianças com transtorno do espectro autista: percepções e trajetórias. Redes - Revista Interdisciplinar do IELUSC, [S.l.], v. 1, n. 3, p. 105-114, dez. 2020. ISSN 2595-4423. Disponível em: <http://revistaredes.ielusc.br/index.php/revistaredes/article/view/98>. Acesso em: 28 mar. 2024.