Racismo Estrutural: uma revisão teórica desta prática construída historicamente
Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre a constituição do racismo estrutural a partir da formação de teorias raciais que legitimaram a crença na inferioridade de uma raça em detrimento da superioridade de outra, com base nas diferenças culturais e nas características físicas que determinam, de um lado, a manutenção de privilégios de populações e, de outro, a herança de dominação colonial por meio da exploração do trabalho escravo. Este estudo se caracteriza como uma proposição analítica descritiva com base em uma revisão de literatura de autores que abordam sobre questões étnico-raciais. Entender como o racismo estrutural foi constituído historicamente, conduz a uma reflexão sobre a empatia como um posicionamento político e não apenas como um ato romantizado de compaixão para transformar a realidade social. Partir desse ponto de análise faz com que o debate ganhe profundidade e avance no processo de transformação, dada a emergência da necessidade de concretização dos direitos constitucionais e democráticos cada vez mais consistentes nos movimentos sociais. Portanto, para superar o racismo estrutural, além da compreensão do domínio histórico
de poder, é preciso fomentar o exercício contínuo das lutas anti-racistas que emergem na sociedade contemporânea. Não basta apenas resistir ao racismo. É preciso ser agente de mudança por meio de participação efetiva nas esferas sociais e políticas como ponto de partida para o desenvolvimento de políticas
públicas. A resistência se faz necessária porque é o ato básico para dar prosseguimento às ações concretas de mudanças. Neste sentido, a educação poderá ser uma ferramenta valiosa neste processo de reflexão como lugar do despertar da consciência coletiva a respeito da necessidade da emergência de uma sociedade
democrática pautada na equidade de direitos.

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